Os sonhos não
morrem...
Enfrentam
entraves do corpo e da mente,
superam barreiras
que o destino não viu.
Dissolvem a
angústia de uma alma dolente
que assombra a
saudade com o que desistiu.
O tempo sustenta
o correto caminho,
reverte as
vertentes, destaca os sinais.
Em grupo é mais
fácil, melhor que sozinho.
Partilha que
soma, duplica e refaz.
Sonhar acordado,
recanto da lida,
restaura a energia
do mundo real.
Um simples
desejo, ilusões, fantasia,
a louca utopia da
paz mundial.
Os sonhos são sopros
do que o íntimo almeja,
divina alavanca, esperança
motriz.
Diversos
formatos, a mesma viceja:
ingênua querência
de ser mais feliz.
No embalo da
vida, se a dança termina,
o sonho rodeia,
escolhe outro par.
Orquestra se
afina e fascina a menina
que apanha os
anseios espalhados no ar.
A menina sou eu...
E eu ainda acredito
nas setas
brilhantes dos meus ideais.
Por pura magia refletem
no escrito
enredos e cenas,
alegres finais.
Quando hoje as
sombras enfim se enternecem,
estando a um
passo de abrir os portais,
descubro que os
sonhos até adormecem,
porém, de
teimosos, não morrem, jamais.
MÁRCIA ETELLI COELHO
PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA MARTINS 2015
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