Ouvi
tua voz
Um
sussurro de inquietação tomou-me
Teu
sorriso veio
Fazer-
me bem de lembranças
Tua
mania de algoz
Ao
me crucificar por amar em epítome
Tuas
mãos no meu seio
Como
fosse tuas andanças
Ouvi
teu coração
Batendo
afobado para agarrar meu abraço
Teu
beijo grudado
Fazendo
minha boca de escrava
Teus
olhos em oração
Marejados
como gozo no estardalhaço
Teu
movimento suado
E
tuas ancas no aperto que crava
Ouvi
teus gemidos
Senti
teu suspiro roubando todo o meu ar
Depois,
ouvi tua desilusão
Das
chegadas prontas para partir,
Teus
sonhos escondidos...
Enfim,
sem a aliança que desfaz nosso lar
Vi
teu pensamento em procissão
Saindo
de ti; como posso não permitir?
CARLOS ROBERTO FERRIANI
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