07/01/2012

CASA DE VIDRO

Entre os troncos do bosque de Jequitibás
Que a saliva do vento se farta de gastar
Vejo a cabana feito gravura a quarar
Enfeitando a colina das sabiás
(Enquanto o silêncio... à deriva do mar)
Folhas coloridas às brisas inundam A gosto
Num tom de saudade chegada de ficar
O sol repassa frestras dos anos no meu rosto
A fumaça do córrego mais parece pitar
(Ali banho meus pés meninos... sem molhar)
Borboletas voam minhas asas pelos encantos
Rãs saltitantes expulsam minha solidão
Ponho-me a sonhar com a época sem espantos
Quando num passe de mágica eu virava barão
(E você minha princesa... que me amava no chão)
Eis que me recordo do amor de partida
Da primeira dor na varanda da vida
Quantas desilusões são mais do que temos?
Quantas casas de vidro de nós mesmos escondemos?

Carlos Roberto Ferriani

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