19/04/2016

GRATIDÃO


Ando pela rua, caio.
Tropeço no espaço aberto
do pensamento em grua
que enleva meu universo.

A indiferença é pictórica...
Gentileza anda escassa,
não grassa no riso do transeunte que passa,
nem na mesura educada
daquele que pretende a glória.

Na rua de gente apressada
pouco se vê de riso, pouco se vê de história:
apaga-se o passado,
anda-se com o dedo em riste!

Ocaso triste do que não sabe
que apesar da dor inglória,
a vida ainda quer
                     gratidão em tempo de crise...                      
  

JOSYANNE RITA DE ARRUDA FRANCO 

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