Escutei, surdo, tua prisão.
No silêncio de tuas palavras
não ditas pelas lágrimas aflitas,
tal como, bem vinda me agitas.
Feliz tu és, eis que amas.
A um, tens teus dois amores.
Ao outro, mesma dúvida de tuas dores
e ficar ao mar, em um,
é estar ao vão do outro.
Desencontros de tuas duas chamas
Amas a um pelo teu avesso.
Amas ao outro pelo teu começo
Penitente, o amor mente.
Início, meio e faz que fim.
Fato é que enroscas tuas camas.
Chão de graças que paga a pena.
Pão de acalentos, tanto pleno
que exorta, bate à tua porta.
Amar morrendo ou nascendo.
Tanto faz se aos ventos proclamas
Sede deles, nua, sem repartir.
Por inteira ao chegar, partir,
sem culpa ou hipócrita desculpa.
Dia virá, quem sabe, saudades terás
De teus amores; hoje reclamas!
Carlos Roberto Ferriani
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