11/08/2011

POEMAS EM SIMBIOSE (XIPÓFAGOS - GÊMEOS)

Como é possível abraçar
uma tempestade?
Nos olhos poeira e água!
Cabelos revoltos bailam no tempo.
Tsunami a carregar os sonhos.

Enchente a durar eternidade.
Na tempestade...Sonho sol.
Sonho bonança...Sonho festança.
Tens o corpo cansado

Façam força para agüentarem.
Num maremoto a açoitar.
O tudo é o nada.
O nada a imperar totalmente.
Resistir, se o fim é o começo.

Sem saber continuo abraçar a tempestade.
Em cachoeira de esperança.
Gostar de andar no ar.
Olho pela janela da alma.
Sou o que sou. Um sozinho.
Meus pés em asas vagueiam.
Vagueiam por caminhos a caminhar.

Só o tempo, por ser tempo sabe.
Há hora e o lugar.
Penso em escrever por linhas tortas.
Sobre a vida e a tempestade.

Hélio José Déstro

Um comentário:

  1. HELIO É VISCERAL. PUXA AS PALAVRAS TEATRALMENTE
    DE TODO O SEGMENTO D"ALMA.
    QUEM O OUVÊ DECLAMAR..."VÊ"
    LUIZ JORGE.

    ResponderExcluir

Agradecemos sua atenção. Se possível deixe informações para fazermos contato.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...