Em um último suspiro
o silêncio se faz presente,
na noite triste e fria de inverno.
Não de um inverno comum,
mas daquele que neva pela primeira vez.
Os flocos finos, brancos e fofos
do céu caem em profusão
tais quais nacos de algodão doce
perfumados pela essência da noite.
Nas flores, nas árvores no cume da montanha
espalham-se fundindo-se com a terra úmida de orvalho.
Pela vidraça da vida,
o tempo este divisor de momentos
a tudo espreita e aguarda,
implacável e mudo.
Uma última lágrima
cai de meus olhos úmidos, ainda vivos.
Meu espírito porém já vaga
entre o aqui e o agora
o infinito e o desconhecido.
Num breve momento,
a última lucidez.
Agarro tua mão em desespero,
Despeço-me...
Um carinho profundo ,
que só o tempo entende,
Um adeus doído na despedida da partida.
Em um último suspiro,
minha alma parte ,
fica meu corpo inerte,
esparramado no leito da morte.
Aida Lúcia Dal Sasso Begliomini
Texto Vencedor do Troféu " O Bandeirante" Categoria Poesia
XI Jornada Médico-Literária Paulista 2011
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