Mesmo se soubéssemos que aquele seria
nosso último encontro, não faríamos nada diferente. Falaríamos amenidades,
riríamos da vida, contaríamos piadas, falaríamos da vida alheia, faríamos um
brinde a qualquer coisa alegre e amena, só para comemorar, e por aí vai... E
depois iríamos embora, cada um para seu canto, como se nada houvesse, com a
alma lavada pelo prazer do encontro amistoso e feliz. Com o prazer do nosso
“carpe diem” estampado na face e latejando. Com a consciência de algum dever,
por pequeno, cumprido. Acho que desse jeito, quando vem a fatídica tal notícia
de uma perda inesperada (redundância absoluta, pois nunca se esperam pelas
perdas, mesmo sabendo que elas são inevitáveis), nos sentiríamos um pouco mais
confortados. “Carpe diem!”. Por isso digo e faço sempre que posso.
MARCOS GIMENES SALUN
(em memória de Sérgio Martins Pandolfo, renomado
e premiado médico escritor, fundador e primeiro presidente da regional da Sobrames
no Pará, falecido em 9 de janeiro de 2013).
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