19/07/2012

SONETO AO LUAR

Quando a Lua Cheia em viva auréola brilhante
Musa de si mesma reflete luminosa alegre cor
Aí o poeta passa a adorá-la e compõe delirante
Líricos devaneios, épicos voos de paz e amor!

Quando das entranhas do mundo algo mercurial
Fluem pérfidos lobos uivando tormentos reunidos
Aí os filhos das trevas caminham no leito do mal
Ao luar, sem nexos, aflitos, em loucos alaridos!

Quando na escuridão da noite jaz a vida negada
Surge o rubro patíbulo em funéreos sentimentos
Aí a Lua Nova por brio, fica oculta, envergonhada!

Quando as almas florescerem primaveras infindas
E por certo rouxinóis trinarem nobres loas ao vento
Aí haverá luas como nunca ainda, sempre lindas!


José Jucovsky

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