A tudo o que existe, mesmo sem qualidade,
Eu penso na mulher que gesta seus tesouros
E aninha em seus braços os filhos do seu ventre
E os do coração, ancoradouro.
Sobrinhos, afilhados, o filho do amigo querido, toda gente
Invade-me a vontade de fazer uma oração que a contemple.
Mas, ah... É saudade o que eu sinto!
De dormir sem medo, de sonhar sem culpa,
De esperar a vinda de algum brinquedo
Comprado com sacrifício,
Entregue com honra e altivez
Por minha mãe querida, que hoje de mim precisa,
Como dela sempre eu precisei.
Olho ao redor e vejo festa na cidade:
Sacolas, presentes para a mãe que existe,
Flores para aquela que repousa
Na imensurável eternidade.
Minha mãe, que perdeu um filho,
Recebe abraços dos vivos
No morno regaço do amor.
Idosa, hoje é quase criança!
Minha mãe, sua mãe...
- As mais sagradas lembranças-
Recebem orações pelo seu Dia
E preces silentes, gritadas, frementes,
Do filho exilado... Daquele perdido!
Até do deitado no frio jazigo,
Perpétuo no amor, eterno por isso.
Se o berço de pedra recebe uma lágrima,
Ninando, em suspiros, a alma embala
Constante querer que vínculo escolhe:
Viver, sendo mãe, o amor que não morre!
É rio caudaloso, é o caule mais forte!
Presença indelével que em tudo se move
E nunca, jamais, apela a um motivo:
Existe pra sempre e sem corpo físico.
Pois mães são eternas, protegem seus filhos
Na Terra dos homens... Ou no Paraíso.
JOSYANNE RITA DE ARRUDA
FRANCO
Segunda Menção HonrosaPrêmio Bernardo de Oliveira Martins 2011-2012
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