Na
minha juventude de balada
Certa
vez na sede de campo
Da
Associação dos Engenheiros
Houve
um baile sui generis.
O
ingresso era trazer copos de vidro.
Pois
teve um anterior que terminou
Num
quebra-quebra e não sobrou
Um
sequer de mostruário.
E
lá fomos nós para a balada,
Sem
saber daquela exigência.
Barrado
no salão, ficamos fora.
Num
gramado frente à represa.
Mas
não éramos os únicos forasteiros,
E
como muitos casais, ficamos a contemplar,
A
lua cheia refletindo na água, na neblina.
E
no sereno sobre a campina dourada.
Nossa
bebida predileta e barata
Era
o Cuba-libre (Coca-Cola com Rum).
Mas
por falta de copo tomávamos na garrafa.
Prometendo
juras de amor, ébrios apaixonados.
Com
as roupas umedecidas, amarrotadas,
Caminhávamos
retos em caminhos tortuosos.
Esperávamos
a chamada carona de volta,
Pelo
casal que discutia a relação mal resolvida.
Quando
chegamos de volta em nossas casas,
Minha
namorada não tinha horário para chegar,
Em
face de sua cultura estrangeira e familiar,
Mas
este provinciano não podia chegar tarde.
Lembrava-me
do trem das onze, pois,
Além
da minha mãe acordada esperando,
Ainda
tinha que justificar o meu estado,
Mentindo,
pois a verdade é inacreditável.
Não
foi só Adoniram Barbosa
Quem
se preocupava com o trem
Morando
longe. Sua mãe, também,
Não
dormia enquanto ele não chegava.
JOSÉ FRANCISCO FERRAZ LUZ
Testo vencedor da SUPER-PIZZA de tema
"UMA BALADA INESQUECÍVEL"
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