Estando próximos de Jerusalém muitos sentimentos vieram à tona. Cidade dourada, de pedra arenito. Eu mergulhada em sentimentos transformadores.
Estimulada pelo impacto de chegar, pressenti algo; de súbito nosso percurso mudou. Na cidade antiga ocorrera um motim, estava apedrejada. Região de lutas e discórdias; por séculos cobiçada em sonhos, a terra prometida mantém sua roupagem.
Diante do ocorrido fomos para o museu e aprendemos numa charmosa maquete como era a cidade nos seus primórdios. Ouvimos e visualizamos sobre a controvertida destruição do templo. Confesso que foi uma lição difícil de assimilar mesmo diante de explicações científicas, arqueológicas e religiosas. Como o emocional pode interferir na assimilação de conhecimento...
Finalmente o conflito acalmou e pudemos exaustivamente percorrer Jerusalém, desde o muro das lamentações e alcançar a pedra do templo, a mesquita, monte das oliveiras, passando pela Via Dolorosa até o local do crucifixo.
Ficamos instalados na parte moderna da cidade, que nos surpreendeu por sua elegância e equilíbrio estético, finamente planejado. Cidade perolada, clara e limpa.
Uma Jerusalém moderna, elegante funcional, por escadas e shoppings ela nos abre suas antiguidades, pensei: como absorver e assimilar tudo isso? História, séculos sobrepostos concretamente em pedras enigmáticas, cidade que transborda emoções.
SUZANA GRUNSPUN
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