Francisco é o nome do santo padroeiro
da natureza itálica e dos animais.
Irmão do Sol, vida e luz para o mundo
inteiro.
Servo de Cristo, instrumento de vossa
paz.
Uberaba contempla um grande
missionário,
cândido no espírito, um exemplo de
fé.
As letras de Buarque encantam o
cenário.
Em Navarra, outro santo, também
Xavier.
Francisco é o rio que se apresenta
mineiro,
embala as carrancas que afugentam o
mal.
Com a graça de ser o Nilo brasileiro,
berço de lendas, integração nacional.
Muitos são os Franciscos e, entre os
que eu conheço,
meu coração se abre para aquele
Odará.
Suas águas doces me serviram de
espelho.
Em seu leito manso descobri o meu
lar.
Assim como ele, eu não sei ser
pequeno.
Avô carinhoso, deixo-me navegar.
As gaiolas flutuam no fluxo ameno,
e eu sigo o meu curso, sonhando com o
mar.
Se, na prova maior, a bondade se
cansa,
nossa força servil se desfaz,
traiçoeira.
O rio afoga, sem dó, a quem nele se
lança.
Mágoas eu dissipo na sutil cachoeira.
Ventos distantes nos convidam a sair.
Canastra trancada... Quem detém o
segredo?
Raízes fincadas... Tão difícil
partir!
Na calada da noite, o progresso é
urbano,
antecipo a saudade, embargo minha
voz.
Como águas singelas compõem o oceano,
há um rio São Francisco em cada um de
nós.
Márcia Etelli Coelho
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