30/09/2013

INVENTÁRIO SERTANEJO

Tenho um coro de gestos
Que rasgam os ares da caartinga
O aboio que viceja os restos
Do mandacaru que ainda vinga

Tenho um chão sagrado
E muitas pedras ocres do rio
Cinco gerações do reinado
Que ainda vivem do estio

Tenho a beleza da gente
De caminhada sofrida
Com um punhado de semente
Um canto de luz, um fio de vida

Por isso nunca estou só
Conservo plantas do carrascal
Um casaca-de-couro e um curió
Que cantam no meu quintal

JOSÉ ARLINDO GOMES DE SÁ
Segundo lugar - Categoria poesia
VII Jornada Nacional da Sobrames
XII Jornada Médico-Literária Paulista

Um comentário:

  1. BONITO ! NESTE POEMA HA UM 'CHEIRO DE TERRA' BOM , VIGOROSO, E BELO.
    L JORGE.

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