27/10/2014

Á TARDE


À tarde eu adormeço
no teu colo quente...
À tarde eu sonho sorrindo
na tua alma triste.
Triste, mas bela como
um canteiro de gerânios
que recebe o casal de borboletas
que viajam em lua de mel
pelo mel de suas flores...
À tarde eu espreguiço
nos teus braços soltos
procurando teu abraço...
À tarde eu me consumo
na minha pequenez  de
poeta solitário e triste
que vive de ilusões
e de sonhos...

NELSON JACINTHO

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