Por: Luiz Jorge Ferreira
(In Memoriam da poeta HILDETTE HENGER ... e a de outros
amigos que nos aguardam).
A
morte não me assusta.
A
mim, intriga.
Com
suas cortinas escuras,
Lírios
brancos, e chamas ondulantes a sair pelas janelas.
Onde
descansa a morte quando se cansa de arrastar consigo, parentes, conhecidos, e
amigos?
Estará
atrás do ruflar das asas dos colibris?
Ou
no esguicho desordenado das baleias?
Como
ela nos escolhe? Pelo cair dos polens brancos sobre nossos cabelos?
Pelo
ruído desarmônico dos nossos joelhos?
Ou
é a vida que lhe chama ao largo e diz:
—
Leve este amado.
—
Leve-o com a brisa mais morna que soprar do Paraíso. Com todas as memórias que
enriqueceu sua vida.
—
Leve-o. Eu fico... eu sou a vida.
—
Eu não consigo morrer, em paz.
Lindo!
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