25/03/2011

O CONTO

Dizem que quem conta um conto aumenta um ponto. No conto que pretendo contar, espero não aumentar nem um ponto. Quando se comenta um conto, ponto por ponto, chega-se ao final do conto sem que se acrescente um ponto.
Esse é um ponto de vista que se deve ter em conta, quando alguém nos conta um conto. Contar-se um conto, sobre uma porção de contas, é fazer-se de conta que se está simplesmente contando o conto do... “fazde- conta”.
Num canto de um ponto qualquer, alguém contou-me um conto e eu vou contá-lo agora para vocês, mas não sei se conto ou se canto. Mas sei que se o cantar, não será um conto, porém uma canção ou uma cantiga. Também numa canção se pode contar um conto, que será lembrado, ponto por ponto ou sem pontuação.
Como não pontuo meus contos, muitos ficam “por conta”, com aquilo que conto porque não encontram um ponto de apoio no que conto ou um ponto final.
Afinal de contas, contar um conto, sem se lhe acrescentar um ponto, de pronto pode deixar de ser um conto bem contado ou estar mal pontuado. Contar um conto, sem lhe acrescentar um ponto, depende do ponto de vista do contador.
O bom contador de contos é aquele que sabe contar e até mesmo recontar o mesmo conto, sem que ninguém se desaponte, porque, se o conto não tiver algo contável, será melhor não contá-lo, pois seria um desaponto e aí todos dariam um desconto, por ser ele um mau contador.
A verdade, porém,é que não sou um contador de contos e não passo de um simples médico, que faz-de-conta que quer contar um conto, mas que tampouco sabe contar os contos de reis que perdi, quando me passaram o “conto do vigário”.
Vejam vocês que contei uma porção de coisas, sem ter contado nada... é porque, no fundo, sou um mau contador de contos e ponto final.
Pronto!

Flerts Nebó

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