16/04/2011

INFINITUDE

Ah, eu quero amar de mansinho,
não com a urgência da fome
que inebria amores furtivos
e deixa vácuo, redemoinho,
abismo com cheiro de rosas!

Eu quero amar com beijos suaves,
adocicados e ternos,
com corpos entrelaçados
que se roçam devagar ,
ousando em mãos espalmadas,
indecentes, suarentas,
alisando sem receios,
querendo um amanhã cheio de planos
agora perdido entre seios.

Eu quero um amor que pede outro amor,
que curte as dores, que dá às cores
novo matiz, novo teor.
Aquele amor que fareja tudo,
que sabe tudo e finge nada saber
só para buscar delícias,
fazer carícias...e mais viver!

Amor que deixe meu coração
mundano e sem dono,
sentindo a eterna falta
desse mesmo amor que anseio,
feito sem pressa nem pejo,
revigorado no beijo
que me esquadrinha a boca
do assoalho até o céu,
sem nunca encontrar estrelas,
no visgo de cada recanto
que a língua alcança e almeja.

Doce viagem de encantos
só faz o corpo que anseia
o calor do corpo-encanto
no colo que traz acalanto,
nas brumas que o mar pranteia...

Inebriada em desejos,
eu quero amar de mansinho
lá, aonde a noite não chega.
Lá, aonde o dia não termina!
No universo do teu corpo
eu construí minha sina
e vou fazer deste mundo
a tua casa...e a minha.

Josyanne Rita de Arruda Franco

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