18/03/2012

PROCELAS

Deixa que a dança nos leve
Por todo o espaço da cama
Da casa, do palco, do drama
De certo volteio que exclama
Além da fronteira do beijo!

Somos ambos vis poetas
Perdidos nas ruas do amor!
Sarjetas sem colorido
Mergulho rápido, abismo
Que prometendo o infinito
Vai desnudando outra dor.

Somos amantes volúveis!
A cada dia, distantes.
Querendo o inalcançável
Buscamos hoje no ontem
Caminhando no insondável
Deserto de vãos horizontes.

Poetas de tantas palavras
Estetas das horas de amor
Endossos de antigas promessas
Colossos de paixão e ardor
Somos bons velejadores
Fingindo procelas de amor...

Josyanne Rita de Arruda Franco
Segunda Menção Honrosa do Prêmio Bernardo de Oliveira Martins 2010-2011

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