Muitos escrevem para expressar um pensamento, um sentimento, outros por defenderem uma ideia, uma posição, outros por puro devaneio. Desejamos que aqueles que nos leem percebam o que está diante de nossas palavras. Que eles sintam o que nós sentimos. Vejam o que nós vemos. Afinal escrever é em última análise nos dirigirmos aos outros. Podemos omitir. Podemos mentir, contar meias verdades.
Fazer ficção de algo que é real ou o inverso. Criamos mitos, anjos e demônios.
Na hora em que escrevemos temos a onipotência das palavras. Entretanto, não controlamos a capacidade que o leitor tem de dar vida às nossas palavras. O que o outro molda em sua mente, os sentimentos que ele desperta, isso não podemos determinar. Nossa escrita pode deflagrar reflexões, atos e atitudes e o que advém disso é imprevisível. Escrever é atirar uma flecha no vazio – nunca se sabe aonde vai atingir. Daí a importância e a responsabilidade dos que escrevem. Somos livres para escrevermos o que quisermos, mas temos que nos submeter às ideias que divulgamos.
José Alberto Vieira
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