Pensei
uma
vez
ouvindo
um velho
que
conhecia
outros
velhos
e
o mar
Que
não é possível
estar
morto
pois
o
que não existe
não
pode
estar
Após
a morte
não
existo porque sou
o
que me fazem
sou
o que faço
sou
minhas
interpretações
intermináveis
sou
essas
partes
inseparáveis
Como
ação
e
não estado
constante
a
morte é
apenas
um
pedaço
da
vida
seu
último
instante
Em
oposição
não
se nivelam em porte
eis
que
a
vida ganha
duração
eterna
se
comparada
à
morte
Uma
se reproduz
em
escala global
se
continua
infinitamente
e
a outra segue
inerente
mas
pontual
Por
isso
não
chore
filho
que me lê
com
a minha morte
o
Universo perde
de
forma
praticamente
indolor
numa
pequena
desistência
um
grande
admirador.
SAMUEL
DO NASCIMENTO PONCE
Estudante
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
PRIMEIRO
LUGAR CATEGORIA POESIA
II
INTERMED LITERÁRIA PAULISTA SOBRAMES SP
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